Em razão disso, país participa do projeto Stadia desde 2012, em colaboração com a Interpol, para adotar medidas policiais e de segurança necessárias para o campeonato de futebol

As Olimpíadas de Tóquio, ocorridas no ano passado, enfrentaram 450 milhões de tentativas de ciberataques, número 2,5 vezes maior do que o observado durante as Olimpíadas de Londres em 2012, segundo levantamento da empresa japonesa de telecomunicações NTT. O aumento se reflete em quase todos os eventos esportivos internacionais, que são terreno fértil para os cibercriminosos aproveitarem também para atacar empresas.

Com a Copa do Mundo da FIFA no Catar, em novembro próximo, não deve ser diferente, daí o fato de a questão da segurança cibernética estar no centro das atenções. O país participa do projeto Stadia desde 2012, em colaboração com a Interpol, para adotar medidas policiais e de segurança necessárias para o evento e incentivar a cooperação internacional.

Para Paolo Passeri, especialista em inteligência cibernética da Netskope, a cobertura midiática proporcionada pelos eventos internacionais incentiva os cibercriminosos a realizarem campanhas maliciosas. Consequentemente, as comissões organizadoras devem focar em sistemas de segurança importantes e completos, bem como no treinamento das equipes.

“O ransomware está regularmente nas manchetes, mas é plausível que os limpadores [de dad0s], malwares que apagam dados do disco rígido de um computador, roubem a cena na próxima Copa do Mundo da FIFA. O Olympic Destroyer, limpador usado pelo grupo russo Sandworm, paralisou os sistemas de computador dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018”, lembrou Passeri, em entrevista ao site francês UnderNews.

Com a Rússia suspensa de todas as competições internacionais de futebol, é possível que os cibercriminosos que apoiam o país lancem ataques cibernéticos em larga escala, implantando malware ou interrompendo transmissões de partidas. Essas campanhas podem ter como objetivo denunciar a exclusão do país das partidas ou simplesmente chamar a atenção para as habilidades técnicas desses grupos cibercriminosos. Foi o que aconteceu durante as eliminatórias entre País de Gales e Ucrânia: a transmissão da partida foi cortada na Ucrânia devido a um ataque cibernético.

Segundo pesquisadores de segurança, as empresas também devem ser alvos desses ataques. Portanto, para se protegerem durante a realização dos jogos, elas devem bloquear qualquer ponto de entrada nas redes e limitar as superfícies vulneráveis. “Assim, a intrusão do malware e a invasão da rede de transmissão da partida seriam impossíveis. Para isso, é essencial adotar ferramentas de cibersegurança capazes de proteger as sessões dos funcionários dos Jogos Olímpicos e das organizações responsáveis ​​pelas transmissões, onde quer que estejam e independentemente de seu terminal”, dizem eles. 

Além disso, os pesquisadores observam que cada sistema [servidores, dispositivos e periféricos de rede] e ferramenta de segurança devem ser atualizados assim que um patch de segurança estiver disponível. Também é necessário fortalecer a autenticação multifatorial dos sistemas de acesso à internet e adotar uma abordagem de confiança zero para acessar aplicativos internos com total segurança. “Como os riscos dessas ameaças são altos, a implementação de sistemas de segurança completos e atualizados, reforçados pelo monitoramento de rede e infraestrutura, é imperativa”, afirmam.

Fonte: Copa do Mundo no Catar deve aumentar riscos à cibersegurança | CISO Advisor

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