A Check Point Software divulgou suas previsões de segurança cibernética para 2023, detalhando os principais desafios a serem enfrentados pelas organizações no próximo ano em quatro frentes: aumento de ataques cibernéticos (em especial pelo ransomware); hacktivismo mobilizado pelo Estado e motivado por conflitos internacionais; pela escassez global de atuais 3,4 milhões de profissionais de cibersegurança que aumentará ainda mais; e na consolidação da segurança cibernética.

No cenário de ataques cibernéticos que assolam todos os setores da economia no mundo, os pesquisadores da Check Point Software apontaram um aumento global de 28% no terceiro trimestre de 2022 em comparação com 2021, e a previsão para o próximo ano é um crescimento global acentuado e contínuo impulsionado por mais explorações de ransomware e no hacktivismo.

As equipes de segurança precisam consolidar suas infraestruturas de TI e segurança para melhorar suas defesas e reduzir sua carga de trabalho, para ajudá-los a ficar à frente das ameaças

O Brasil igualmente sentirá as consequências da expansão dos ciberataques previstos para 2023. No levantamento do terceiro trimestre de 2022 da Check Point Software, as organizações no Brasil foram atacadas em média 1.484 vezes semanalmente, um aumento de 37% comparado ao período do terceiro trimestre de 2021 – porcentual superior ao aumento global. “Contudo, assistimos no Brasil a um amadurecimento do mercado em 2022, quando as organizações investiram na adoção de novas tecnologias relacionadas à Nuvem e à proteção de usuários e acessos remotos demonstrando entenderem sobre os três grandes vetores de ciberataques: toda a parte de infraestrutura de rede, de nuvem migrando para workloads e os endpoints”, aponta Eduardo Gonçalves, country manager da Check Point Software Brasil.

Para o próximo ano, os especialistas esperam também que os governos no mundo introduzam novas regulamentações cibernéticas para proteger os cidadãos contra violações de dados e de privacidade. Muitos países já iniciaram esse movimento. No Brasil, a Secretaria de Governo Digital (SGD), do Ministério da Economia, lançou em novembro passado um guia completo com orientações aos órgãos públicos sobre privacidade, proteção de dados pessoais e segurança da informação no âmbito do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (Sisp).